Arrependimento mata

terça-feira, 29 de abril de 2014


Adoro ser aquariana. Principalmente gosto de ser impulsiva e rebelde! Mal vivi duas décadas e já acho que perdi tempo demais nessa vida por acreditar que podia deixar algo para depois, ou por falta de coragem! Agora o sistema é esse: Se eu quero busco por soluções, por mais mirabolantes que sejam. Se você não quer, vai me encher de desculpas, das mais variadas, tão malucas e sem sentido quando as minhas ''loucas'' alternativas! Pode me achar pirada, lunática, o que for! Pensa só: Quem te garantiu que o amanhã vai chegar? Quem te deu a certeza absoluta de que você vai acordar semana que vem, inteirinha, como você está agora? Que você não estará sem um pedaço na segunda ou que não perderá algo insubstituível na sexta? Eu aprendi, ou melhor, a vida me ensinou de forma amarga e dura (o suficiente para eu não querer pagar de novo o preço para ver) que o minuto seguinte é incerto! Que a maioria das oportunidades que deixei passar, por acreditar que tudo seria constante em minha vida, eu perdi. Perdi vários pores-do-sol, simplesmente porque acreditei que eu teria todos os dias, ou uma vida inteira, para assisti-lo. Mas o que a gente precisa entender é que até o pôr-do-sol hoje vai ser diferente do de amanhã! Eu entendi isso, mas só depois de perder muitos espetáculos, muitas pessoas, muitos sorrisos e muitas histórias. Pelo simples fato de me controlar demais, pensar demais e arriscar de menos. Os momentos são únicos, oportunidades são raras, por mais simples e bobos que pareçam. E dizem as más línguas que arrependimento mata!

desconfortável desconhecido




Acho que é hora de aceitar o fim. Parar um tempo, refletir, me reencontrar, colocar a cabeça no lugar e seguir em frente. É tempo de fechar o ciclo, porque a vida é cheia deles, mas o fim não deve significar nada além de: ''Aí vem um novo começo!''. Seguir pelo desconhecido é desconfortável, deixa a gente com a boca seca e com o olhar perdido. Dá vontade de continuar na mesma estrada e no mesmo circulo, só porque até as tribulações, por mais dolorosas que sejam, se tornam os mesmos problemas conhecidos. Mas a vida é engraçada, ao mesmo tempo em que é dolorosa, e quando você se recusa a finalizar o que já está acabado, ela encontra um jeito de te jogar para fora do confortável. Eu decidi que não quero mais brigar com a vida. Não quero mais bater de frente e bancar a menina chorona-mimada insistindo em coisas quebradas, ou em momentos que se foram e sentimentos que não voltam. Eu vou seguir o rumo dela, aceitar o fim, os espaços e os novos começos de braços abertos. E eu vou lutar, até o fim, para fazer o melhor com o pior que ela me der. Pois há dois jeitos de ver a vida: Ou você chora com os problemas e é derrotado por eles, ou você enfrenta cada nova cursa perigosa da vida e cresce com isso! Eu decidi que quero sentir orgulho de mim, cada vez que eu olhar para trás e poder pensar: Eu sofri, lutei, mas venci.

Por onde andam os meus pedaços?



Algo muito importante, mas sem nome específico, está faltando em mim! Está faltando alguma coisa, eu sei, mas em contrapartida, há saudade sobrando. Em excesso. E até quem me vê atravessando a rua, encarando o semáforo pela terceira vez consecutiva, sabe que estou perdida e não consigo me encontrar. Estou dividida em pequenas partes espalhadas por aí. De Minas ao Maranhão. Do Paraná à Santa Catarina. Das Américas à Europa. Da liberdade à comodidade. Do que eu fui e do que sou agora. Do que eu tinha e não tenho mais. Do que eu queria ter, mas por medo ou cansaço, não tive. Não estou completa aqui, mas sei que também não estaria em nenhum outro lugar. O ruim de pertencer a tantos lugares, pessoas e coisas é isso, nunca se está completa. Está sempre faltando alguma coisa. Está faltando algo, eu sei! Meu olhar confuso não engana. E até quem lê esse texto sem sentido sabe. 

Por onde andam os meus pedaços?

Aprendi a amar andando de bicicleta



Estou triste. Triste com as pessoas e triste com a vida. Chateada com essa premissa (esquisita) de que não podemos ter tudo o que queremos. É sorte no jogo ou azar no amor. Sucesso na vida profissional ou na pessoal. Conforto e comodidade ou liberdade. Bem me quer ou mal me quer. Cara ou coroa. Mas eu sou dessas que acredita que é nas dificuldades que a gente mais cresce. É suando que mais se aperfeiçoa. É durante essas escolhas que aprendemos o valor de cada coisa. É chorando que ficamos mais forte e é sendo enganado que nos tornamos mais espertos. É com as decepções que aprendemos a sacudir a poeira, obrigados pela vida a seguir em frente. Decidi tentar. Tentar e lutar! Decidi fazer valer a pena e parar de esperar uma galinha dos outros. E se nada der certo, ou se nada valer a pena, pelo menos valeu a tentativa e valeu a experiência. Ainda estou triste, mas acabei de me lembrar que eu só aprendi a andar de bicicleta depois de cair várias vezes e de ralar a canela.

Fome de lembranças




Estou aqui deitada, está frio, estou com saudade e com fome. Mas nem é tanta fome de comida, até porque a geladeira está abarrotada. Estou com fome de você e esse é um tipo de fome que sanduíche triplo nenhum mata. Arroz e feijão nenhum supre. É uma fome estranha. Estranha porque ela alimenta a minha saudade. Tenho fome de lembranças. Das lembranças que, por estar deitada nessa cama, não estou criando com você. E eu me confundo com esse jogo de ‘‘ Lembrar, criar e imaginar memórias'', e fico perdida entre o que eu, de fato, me lembro e o que minha mente extrapola. 
A gente poderia andar pela calçada de mãos dadas com aquela chuva pesada caindo, mas ainda sim, continuaríamos cheias de risadas. Talvez você alimentasse algumas pombinhas em um dia ensolarado enquanto eu observava de boca aberta como você fica linda vestindo essa camiseta velha com alguns rasgados. De noite enquanto preparássemos o jantar você sorriria para mim orgulhosa, tanto quanto eu, pela minha proeza de ter finalmente conseguido descascar uma batata. E talvez, nesse momento, você se re-apaixonasse por mim e eu por você, esquecendo a briga horrível que tivemos no final da tarde. Você me perguntaria de noite, deitada e de olhos fechados, porque eu não vou dormir em vez de ficar te olhando. E eu te diria ‘‘Querida, você não entenderia. ’’ Mas o meu coração entende. Ele sabe que cada sorriso seu é único. Meus olhos famintos não perderiam isso por nenhum instante, nem por um segundo! Porque talvez no próximo sorriso a curvinha do seu rosto se forme de modo diferente. E eu teria medo. Medo de não me saciar suficientemente de você e acabar morrendo de saudade ou com muita fome. Pois é, mas aqui estou com frio e deitada sozinha. Sem você, sem sanduíche triplo e sem nada para matar o que me consome.
Não faço esse texto na intenção de lhe jogar indiretas, muito menos na intenção de lhe deixar confusa. De confusa já basta eu sem saber distinguir entre o que foi realidade o que eu fantasiei. Talvez essas palavras nem te toquem ou talvez as rimas não estejam perfeitas. Acho que a gramática está totalmente incorreta. Mas não tem problema! Faço esse texto porque necessito que você saiba que penso na gente. Que, na verdade, penso na gente com muita freqüência. Que sonho com você na madruga e fantasio conosco mesmo quando de mim você nem lembra.







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